Todos os meses, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) participantes do modelo TeleAPS (Atenção Primária à Saúde) passam por treinamento online, em tempo real, com a equipe do Programa Saúde Digital Paulista, por meio do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Saúde Digital (PDI Saúde Digital) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), e realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP).
Nessas reuniões, telemédicos ficam à disposição para debater temas em teleconsultorias, e assim promover a construção conjunta do trabalho e dar o apoio técnico às equipes. Após cada encontro, ficam definidos temas de trabalho para a UBSs, que devem colocá-los em prática na rotina do cuidado e, ao fim do mês, enviar uma evidência de entrega da ação realizada.
E o resultado não poderia ser melhor: as evidências mostram, desde o começo do ano, como as Unidades vêm se apropriando positivamente dos temas discutidos e propostos. As entregas mensais não inventam nada, mas revelam o que já é feito com dedicação pelas equipes das UBSs no cotidiano do SUS. São evidências concretas da construção coletiva de um cuidado mais qualificado, acessível e inclusivo.
Planejamento e resultados parciais
O processo segue um cronograma com os seguintes temas distribuídos pelo ano corrente:
- Fevereiro a abril – Atributos da Atenção Primária à Saúde (APS);
- Maio a agosto – Territorialização;
- Setembro a dezembro – Processo de Trabalho.
De fevereiro a abril, já é possível avaliar as entregas feitas.
- Fevereiro: coletando os desafios das UBS.
Na primeira entrega do ano, foi solicitado que as equipes respondessem ao formulário “Identificando os desafios e necessidades da UBS”. Participaram 35 UBSs, e o resultado foi claro: capacitação foi apontada como a principal necessidade — atravessando áreas como gestão, tecnologias e organização do cuidado.
O resultado reafirma o papel estratégico do TeleAPS como um modelo que estrutura a formação contínua das equipes, oferecendo suporte técnico e pedagógico às práticas cotidianas da Estratégia Saúde da Família (ESF).
- Março: Equidade e cuidado com a população LGBTQIAPN+.
O tema foi trabalhado nos sete atributos da APS. Com a participação de 26 UBSs, destacaram-se:
-
- Capacitações presenciais com as equipes de saúde;
- Ações integradas com outras agendas, como testes rápidos, citopatológicos;
- Criatividade e envolvimento comunitário, com cartazes, QR Codes e linguagem acessível à população.
- Abril: Cuidado integral à pessoa idosa com foco no Pé Diabético.
O atributo abordado foi a longitudinalidade do cuidado. Participaram 21 UBSs e as ações variaram entre rodas de conversa e grupos educativos; distribuição de folders e kits de cuidado; avaliação clínica dos pés e visitas domiciliares; e atividades lúdicas, como bingos e estações educativas. As iniciativas valorizam o cuidado contínuo, próximo e acolhedor das equipes com seus territórios, em articulação com o compromisso e apoio da gestão municipal.
Territorialização é o tema subsequente. De maio a agosto de 2025, o objetivo será entender melhor onde cada equipe está, quem atende e como organizar o cuidado de forma integrada. A entrega de junho, por exemplo, trata da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), com mapeamento local e propostas de fluxo de encaminhamento em saúde mental.
A cobertura destes e dos próximos meses será feita pelo blog do PDI Saúde Digital e pelos canais de comunicação da SES-SP – acompanhe para constatar o andamento da iniciativa!